domingo, 26 de junho de 2011

O Ataque dos novos cangaceiros em Apuiarés

Crime organizado invade a cidade de Apuiarés com armas pesadas e espalha medo e violência


Sete décadas depois da morte de Lampião, moradores da pequena cidade de Apuiarés, sertão do ceará, experimenta o terror típico dos tempos do cangaço. Como naquela época, bandos armados invadem os lugarejos, saqueiam e desaparecem tão rápido quanto surgiram. A diferença é que agora os bandidos usam modernas armas de guerra e não saem a galope em cavalos. O alvo do roubo também mudou: agora são milhões de reais guardados nos cofres das agências bancárias.

 

Atualmente, os ladrões estão ligados às grandes facções do crime organizado que debandaram para municípios como Apuiarés, onde a segurança é menor e o lucro é grande. Com isso, muitas cidades do interior deixaram de ser recantos de paz e sossego e a população está assustada com a escalada da violência. 

 

Não faltam exemplos para comprovar essa falta de policiamento. Numa ação ousada realizada no último dia 24 de junho, dois assaltantes, identificados como Kevi Moreira de Sousa e Francisco Gilson Uchoa Coelho, ambos naturais de Canindé, invadiram a cidade de Apuiarés, atacaram uma agência lotérica no Centro, fizeram várias pessoas de reféns e, na fuga, roubaram uma ambulância da Prefeitura que se aproximava do hospital municipal. Felizmente os bandidos foram presos, os reféns liberados e o dinheiro e veiculo foram recuperados.

 

Hoje, menos de 48 horas do acontecido, a cidade de Apuiarés volta a ser atacada. Numa ação ousada, um bando formado por, aproximadamente, 12 bandidos armados com armas de grosso calibre e explosivos invadiram a cidade, abriram fogo contra o destacamento que no momento contava apenas com dois policiais, que foram rendidos e presos na delegacia de Apuiarés. A quadrilha usou dinamite para arrombar o caixa da Agencia do Bradesco. 

 

Entretanto, os explosivos não atenderam as expectativas dos bandidos que fugiram sem levar o dinheiro. Os policiais de Apuiarés tão logo foram liberados da cadeia pediram reforços aos municípios de Pentecoste, Paracuru e Canindé.

 

Nós, moradores de Apuiarés, não podemos ser reféns dos bandidos, nossos governantes precisam imediatamente repensar formas de dotação dos seus efetivos de policiais e, ao mesmo tempo, ações de forma qualificada e estratégica no combate a estes crimes.

 

Nós, sociedade civil, devemos está organizada para cobrar, tanto dos bancos como do governo, ações que possam coibir e até a acabar com estes atos que no dia-dia tem carregado nosso cotidiano com tristezas, violência e terror. 

 

Não podemos aceitar a banalização da violência em Apuiarés!!!