A tradicional festa de Santo Antônio, padroeiro da comunidade de Santo Antônio no município de Apuiarés se inicia hoje e vai até o dia 11 de junho.
A abertura dos festejos acontecerá, hoje, às 19 horas, com a presença de líderes religiosos e comunitários. No último dia haverá missa, leilão e alvorada festiva com várias bandas de forró do estado do Ceará, entre elas, Forró Real do nosso grande amigo Chico Bill.
Dados da vida de Santo Antônio:
1195: nasce em Lisboa. No Batismo recebe o nome de Fernando.
1210: termina os estudos secundários e entra no Mosteiro dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho.
1212: passa a viver em Coimbra, onde se especializa em estudos bíblicos.
1219: passam por Coimbra cinco religiosos franciscanos a caminho de Marrocos. Pouco depois, seus corpos martirizados retornam, por Coimbra à Itália. O monge Fernando deixa os Agostinianos e entra na ordem dos Franciscanos, para ser missionário na África.
1220: embarca como missionário para Marrocos. Adoece gravemente e é devolvido para Europa em março de 1221. Uma tempestade desvia o navio para a Sicília na Itália. Recolhido pelos frades, recupera a saúde e parte para Assis, para encontrar-se com São Francisco. Depois, vai trabalhar como hospedeiro e cozinheiro no pequeno convento de Monte Paolo.
1222: começa sua vida missionária no norte da Itália e sul da França. Ensina teologia aos frades estudantes.
1227: é eleito superior das províncias franciscanas do Norte da Itália. Cria fama de grande pregador, taumaturgo, defensor dos pobres e injustiçados. Sua chegada a cada cidade parava tudo: todos iam ouvi-lo pregar.
1228: prega os sermões quaresmais para o Papa Gregório IX e à Cúria romana.
1230: adoentado fixa residência em Pádua. Dedica-se ao confessionário e à pregação nos arredores da cidade. Agrava-se sua saúde.
1231, 13 de junho, sexta feira: falece no caminho entre Arcela e Pádua, quando retornava ao Convento deitado num carro-de-boi. As crianças de Pádua, sem aviso prévio, saem pelas ruas, gritando: “Morreu o Santo! Morreu o Santo!”
No dia 17 de junho, TERÇA-FEIRA, é sepultado em Pádua e o povo durante semanas não se afastou de sua sepultura. Nasce a devoção ao glorioso santo às terçasfeiras.
1232, dia 30 de maio, festa de Pentecostes, o Papa Gregório IX canoniza Santo Antônio, na Catedral de Espoleto.
1263, dia 7 de abril, seu corpo foi exumado para ser posto na basílica levantada em sua honra. Encontrou-se intacta a sua língua.
1946, dia 16 de janeiro: o Papa Pio XI declara Santo Antônio Doutor da Igreja
O Santo Casamenteiro
Santo Antônio logo caiu nas graças do povo. Criaram em torno dele o mito de santo casamenteiro, que achava maridos para mulheres e vice-versa, e de santo milagreiro, por achar objetos perdidos. A intimidade do povo com o santo é tanta que, quando ele não corresponde aos pedidos, os crentes costumam castigá-lo, colocando sua imagem de cabeça para baixo ou mesmo "afogando-a" em água, até o pedido ser cumprido. Na passagem da meia-noite para o dia de sua festa, é tradição, em vários pontos do Brasil, as mulheres tirarem a sorte para ver qual a idade de seu futuro marido. Dentro de uma caixa são colocados três limões – um verde, outro meio verde e outro bem maduro. A caixa é deixada num quarto bem escuro. Mais tarde, a mulher entra no quarto e pega um limão da caixa. Se o limão escolhido for o verde, o futuro marido será bem jovem; se for o limão meio verde, o noivo não será tão jovem; se o limão sorteado for o bem maduro, o marido será também maduro, ou seja, com boa idade.
Outra forma de arranjar marido é comer pão diante da imagem de Santo Antônio, pensando bastante na pessoa amada. É tiro e queda: o casamento vai se realizar.
O santo também ganhou outro atributo: dá sorte e fartura. Para obtê-las, os crentes pegam o pão bento distribuído pelas igrejas no dia de Santo Antônio e o colocam no pote de guardar arroz: é garantia de abundância o ano todo.
